CONSTRUÍDO
BRASÍLIA – DF, 2013
Finalista do prêmio “O Melhor da Arquitetura”, Editora Abril, São Paulo, 2013
A casa localiza-se em um condomínio fechado. Neste contexto retirado da cidade e alheio às dinâmicas urbanas, percebemos a necessidade de questionar a forma em que a casa se comunicaria com o entorno. Nossa resposta foi propor uma arquitetura de massas, introvertida, sem aberturas diretas para a rua e aberta para os fundos. Os recuos e avanços dos volumes frontais liberam área para a criação de um espaço de convívio aberto para todos os vizinhos.
Decidimos associar cada volume aos diversos elementos do programa, na velha premissa da expressão exterior como reflexo da interior. A casa é térrea, porém resolvemos aumentar o pé-direito de sua área central (área social) de modo a ressaltar sua importância. A área social central articula o volume dos quartos a leste e de serviços a oeste. Duas aberturas se destacam no volume mais alto dessa composição com características formais não ortogonais. Elas permitem a vista dos dois elementos do terreno que mais nos interessavam: a copa de uma árvore existente aos fundos e a luz do pôr-do-sol, cujas cores são refletidas para dentro da sala através da janela alta que é voltada para o oeste.
Não há portas entre as áreas íntima, social e serviços. A transição entre estes ambientes é insinuada através da entrada de luz natural por jardins internos. Os quartos foram agrupados numa sequência linear de espaços voltados para o nascente.
Autores: Daniel Mangabeira, Henrique Coutinho, Matheus Seco e Rodrigo Scheel
Colaboradores: Daniella Rauber, Guilherme Mahana, Victor Silvério, Bruno Pessoa
Área: 470 m2
Projeto: 2011
Obra: 2011-2013
Construção: Gilmar Guimarães
Fotos: Haruo Mikami