Brasília Radieuse

LC + LC = BSB

O trabalho LC+LC=BSB (Lucio Costa + Le Corbusier = Brasília) faz parte da exposição no Museu da Casa Brasileira com o tema ‘Experimentando Le Corbusier – Interpretações contemporâneas do modernismo’. A mostra reúne profissionais que revivem a experiência do pensamento de Le Corbusier para além da arquitetura. Com curadoria de Pierre Colnet e Hadrien Lelong, da Cremme – Editora de Mobiliário, via Instituto Cremme, a mostra permeia o pensamento de Le Corbusier para além do perímetro da arquitetura e apresenta uma reflexão sobre o modernismo no Brasil e sobre o trabalho do arquiteto franco-suíço.

Lucio Costa (LC) e Le Corbusier (LC) possuem mais características em comum do que as iniciais de seus nomes, sobretudo em relação a Brasília (BSB). O mentor da arquitetura moderna brasileira tem na figura do Arquiteto francês seu grande mestre. A primeira visita de Le Corbusier ao Brasil ocorreu em 1936 para uma série de conferências, mas foi em 1955 que o francês vislumbrou a possibilidade de participação no plano da nova capital do Brasil. Apoiado por Affonso Eduardo Reidy e Roberto Burle Marx, Le Corbusier prontificou-se a ser o encarregado do plano e escreveu: “Recentemente o Brasil me pediu para aconselhá-lo por ocasião da edificação de sua nova capital, sede das instituições governamentais — uma cidade inteiramente nova a se construir, pedra por pedra, no meio das terras onde estão a savana e a floresta virgem. Obrigado por tanta confiança.” Entretanto, após protestos, em 1956 Juscelino Kubitschek nomeia o Arquiteto Oscar Niemeyer como Diretor da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (NOVACAP) que sugere a realização de um Concurso Nacional com jurados internacionais e encerra a participação do francês na criação de Brasília. Em 1957 Lucio Costa ganha por unanimidade um atribulado concurso e em 1960 a nova capital é inaugurada.

Indiretamente, porém, algumas ideias de Le Corbusier são aplicadas às justificativas do projeto do arquiteto brasileiro. Apesar de ser constantemente relacionada à Cidade-Jardim inglesa por Lucio Costa, Brasília faz uma releitura dos “cinco pontos” fundamentais da urbanística corbusiana expostos no projeto da Ville Radieuse: o esquema antropomórfico do partido, o “zoning”, a morfologia das unidades de vizinhança, o sistema de circulações e a tipologia residencial do edifício sobre pilotis. Estes cinco pontos dão origem ao nosso trabalho, que traça um hipotético roteiro entre a Brasília atual e a Ville Radieuse criando uma nova cidade – a Brasília Radieuse.

Fotos gentilmente cedidas pela Fotógrafa brasiliense Joana França para composição da exposição.

O texto da obra “Brasília Radieuse” utiliza trechos extraídos do artigo “LUCIO COSTA E LE CORBUSIER: BRASÍLIA E A VILLE RADIEUSE”, de Andréa Soler Machado.

©2010 Joana França (foto original)

©2010 Joana França (foto original)

©2010 Joana França (foto original)

©2010 Joana França (foto original)

Brasília Radieuse

LC + LC = BSB

O trabalho LC+LC=BSB (Lucio Costa + Le Corbusier = Brasília) faz parte da exposição no Museu da Casa Brasileira com o tema ‘Experimentando Le Corbusier – Interpretações contemporâneas do modernismo’. A mostra reúne profissionais que revivem a experiência do pensamento de Le Corbusier para além da arquitetura. Com curadoria de Pierre Colnet e Hadrien Lelong, da Cremme – Editora de Mobiliário, via Instituto Cremme, a mostra permeia o pensamento de Le Corbusier para além do perímetro da arquitetura e apresenta uma reflexão sobre o modernismo no Brasil e sobre o trabalho do arquiteto franco-suíço.

Lucio Costa (LC) e Le Corbusier (LC) possuem mais características em comum do que as iniciais de seus nomes, sobretudo em relação a Brasília (BSB). O mentor da arquitetura moderna brasileira tem na figura do Arquiteto francês seu grande mestre. A primeira visita de Le Corbusier ao Brasil ocorreu em 1936 para uma série de conferências, mas foi em 1955 que o francês vislumbrou a possibilidade de participação no plano da nova capital do Brasil. Apoiado por Affonso Eduardo Reidy e Roberto Burle Marx, Le Corbusier prontificou-se a ser o encarregado do plano e escreveu: “Recentemente o Brasil me pediu para aconselhá-lo por ocasião da edificação de sua nova capital, sede das instituições governamentais — uma cidade inteiramente nova a se construir, pedra por pedra, no meio das terras onde estão a savana e a floresta virgem. Obrigado por tanta confiança.” Entretanto, após protestos, em 1956 Juscelino Kubitschek nomeia o Arquiteto Oscar Niemeyer como Diretor da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (NOVACAP) que sugere a realização de um Concurso Nacional com jurados internacionais e encerra a participação do francês na criação de Brasília. Em 1957 Lucio Costa ganha por unanimidade um atribulado concurso e em 1960 a nova capital é inaugurada.

Indiretamente, porém, algumas ideias de Le Corbusier são aplicadas às justificativas do projeto do arquiteto brasileiro. Apesar de ser constantemente relacionada à Cidade-Jardim inglesa por Lucio Costa, Brasília faz uma releitura dos “cinco pontos” fundamentais da urbanística corbusiana expostos no projeto da Ville Radieuse: o esquema antropomórfico do partido, o “zoning”, a morfologia das unidades de vizinhança, o sistema de circulações e a tipologia residencial do edifício sobre pilotis. Estes cinco pontos dão origem ao nosso trabalho, que traça um hipotético roteiro entre a Brasília atual e a Ville Radieuse criando uma nova cidade – a Brasília Radieuse.

Fotos gentilmente cedidas pela Fotógrafa brasiliense Joana França para composição da exposição.

O texto da obra “Brasília Radieuse” utiliza trechos extraídos do artigo “LUCIO COSTA E LE CORBUSIER: BRASÍLIA E A VILLE RADIEUSE”, de Andréa Soler Machado.

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